terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Refazenda, refazendo toda guariroba

Pois bem, vou agora voltar ao velho molde e fazer desse blog uma especie de diario e contar parta a parte de como tem sido a vida nos ultimos dias. Provavelmente ninguem vai se interessar tanto, mas pelo menos eu, daqui uns 3 meses vou poder reler isso e me lembrar das coisas.

Dia 30, quarta passada, eu e Melita fomos para Grossnaundorf. Fica a apenas 220 km de Berlin ou algo do tipo, realmente nao e longe, especialmente quando se pensa que tal trajeto e feito na Autobahn (auto estrada alema), na qual se voa a 160km por hora. Bem, o unico problema e que eu tenho "enjoo do movimento", ou seja, em qualquer meio de transporte terrestre eu fico verde e amarela como a bandeira do Brasil, paracendo haver uma tsunami em meu estomago cujas ondas sao constituidas de meu acido gastrico.

Apos muita respiracao e pensamento positivo "nao vomita, vegah", chegamos. Ra, uma outra coisa, eu estou admirada com minha paciencia e capacidade de fingir que nao estou desesperada quando estou, na verdade. Explico melhor. Minha irma tem uma verdadeira fixacao por tudo que e latino, especialmente musica, mas aquelas beeeeem melosas dignas de trilha sonora de novelas como Maria do Bairro. Quem me conhece sabe que meu ouvido e sensivel, exigente e chato, e que nao tenho tolerancia para musicas das quais nao gosto. Imaginem voces entao, eu confinada num carro por 2 horas ouvindo bachatas e outras coisas do tipo. Mas fui uma boa garota e cantarolei o Magical Mystery Tour mentalmente.

Entao, chegamos e foi uma delicia, reencontrei todo mundo aquelas coisa toda. Ai noutro dias, voces ja sabem, comprei a Nikita, passei reveillon em casa, sai paletando pelas 2 ruas que formam Grossnaundorf e fotografando. Bem no clima de Winter Wooskie "who's that girl, she must be nearly freezing..." e por ai vai. Grossnaundorf, querida vilazinha, e minha pequena Penny Lane, ha criancinhas brincando nos quintais nevados, vovozinhas andando e todo mundo que passa por voce para para lhe desejar um bom dia e dizer ola.

Sabado fui para uma discoteca em Dresden, a Spinnerei (que significa ou Roca de Fiar -traducao literal- ou algo como "O Surto" numa traducao mais de giria) para uma festa chamada A Night to Remember. Foi otima, cheguei arrasando, toda lady in black com direito a luvas de cetim ate os cotovelos (como disse Alvaro, aqui posso por meu lado indie-glam-perua para fora), bebendo vodca cola com canudinho preto. Dancei horrores, conheci um alemao lindissimo, que chegava a parecer sueco e passei a noite inteira na discoteca dancando e conversando com ele. Claro que todo mundo de Grossnaundorf no dia seguinte ja sabia que eu tinha passado a festa toda com o tal elemento. Coisas de cidade pequenina.

Houve um pequeno e assustador incidente. Estava eu subindo as escadas da Spinnerei, quando dou de cara com um cara, careca, todo de preto, com bottom de uma suastica na camisa e alargadores com a cruz de ferro nas orelhas. Sai correndo escada acima, sem olhar para tras. Mas devo sair em defesa dos alemaes, ao afirmar que aquele ser pertence a uma minoria, e que a maior parte dos alemaes considera os neo nazis uns imbecis.

Domingo voltei para Berlin. A viagem de carro foi menos traumatica para meu estomago, mas durou mais, pois a estrada estava super escorregadia por conta do frio, que a deixa congelada, e da neve. Mas chegamos em seguranca, gracas a Deus. Houve uma mudanca de discos na volta, na ultima uma hora ouvimos coisas mais difundidas como Beyonce (all the single ladies, uhuhuhuhu), Kate Perry, Coldplay, e Peter Fox, um cantor alemao que conheci nesse dia, que faz um som super de responsa (momento VJ MTV), cijo link da musica Haus am See eu ja postei aqui, e devo dizer que a danada fica na cabeca.

Ontem reencontrei um amigo, o Daniel, que conheci quando trabalhei no Albergue em janeiro passado. Demos uma volta por Prenzlauer Berg, andando a esmo, foi excelente, mesmo com o fato de que estava fazendo super muito frio, e que eu tinha sapatos inadequados para caminhar no chao escorregadio, por conta de neve derretida re-congelada. Quase cai algumas vezes, mas Daniel, muito gentil me apoiou em todas essas tentativas de tombo. Nao posso dizer que me queixei, estaria sendo hipocrita. No cmainho passamos peloo portao lateral de um cemiterio judaico, deu para fazer umas pseudo-fotos da estrela de David de ferro esculpida na grade, e do muro de tijolinhos vermelhos. Fomos para um cafe logo na esquina, super aconchegante e bonito, onde se tocava muita bossa nova, Vinicius, Tom, amo Berlim por isso, a unica certeza que voce tem sobre a cidade e que voce vai se surpreender.

Hoje tinha de ir a Kreuzberg apanhar a copia da chave do ape com uma amiga de Meli. Andei ate a Hauptbahnhof como sempre e esperava pelo trem urbano para Alex, onde pegaria o metro para Hermannplatz. Tava esperando la, mas nao tinha ainda 100% de certeza se o trem que se aproximava, fiz entao o que qualquer pessoa faz, perguntei a alguem que estava ao meu lado na plataforma. Eis que calhou de ser um italiano muito bonito (ja havia mencionado que o que menos se encontra aca e alemao) que estava tambem indo para Alex e de la iria para Hermannstrasse, que seriam 2 estacoes de metro depois da minha. Fomos conversando o caminho inteiro e depois dissemos tchau. Ultimo dia dele aqui em Berlim. Pelo menos nao precisei fazer a mini-viagem de 30 minutos ate Kreuzberg sozinha e tinha algo muito bonito para olhar, afinal quando se viaja de metro nao ha paisagem alguma. Bem, basta dizer que Vicki (a amiga) nao foi trabalhar hoje, pois estava doente, de forma que ainda nao possuo uma copia da chave do ape onde moro, mas tudo bem, essa semana ainda se resolve isso.

Ufa, agora ja cansei. A mim e a voces. Um beijo

P.S eu consegui resolver a sitiuacao do laptop. Experimentei a bateria do note de minha irma e funcionou, finnaly music again. Por sinal, lavei o banheiro da casa ao som do Revolver, e de Ida Maria e Ultra Orange and Emanuelle.

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